Os fundos pendentes totais em yuan (moeda chinesa) da China para divisas estrangeiras caíram em junho, indicando a primeira retirada líquida de capital desde o ano passado, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo banco central da China.
O total dos fundos pendentes em yuan da China para divisas estangeiras chegou a 27,39 trilhões de yuans (US$ 4,45 trilhões) no final de junho, uma queda de 41,2 bilhões de yuans em comparação com o mês anterior, informou o Banco Popular da China (PBOC, na sigla em inglês).
Os dados incluem compras e vendas de divisas estrangeiras feitas por bancos comerciais e outras instituições financeiras, mas principalmente refletem as transações do banco central.
Em maio, a compra líquida de divisas estrangeiras atingiu uma baixa de seis meses, registrando 66,86 bilhões de yuans, uma queda brusca em comparação com os 294,35 bilhões de yuans registrados em abril e a média de 315,3 bilhões de yuans durante os primeiros quatro meses deste ano, de acordo com os dados do PBOC.
Analistas acreditam que a desaceleração do crescimento do comércio exterior, o plano de Reserva Federal dos EUA de reduzir a flexibilização quantitativa (QE3, em inglês) e a fraca perspectiva de valorização do yuan são as principais causas da retirada de capital.
A taxa de crescimento do Produto Interno Bruto da China desacelerou para 7,6% entre janeiro e junho de 2013, o desempenho mais fraco no primeiro semestre dos últimos três anos.
O crescimento no segundo trimestre foi de 7,5%, representando uma queda em comparação com 7,7% do primeiro trimestre, segundo os dados do Departamento Nacional de Estatísticas.
Ao mesmo tempo, as exportações da China caíram significativamente em junho, registrando um a queda anual de 3,1%, para US$ 174,32 bilhões.